Muitas pessoas que
tem certo contato de forma rápida com o processo de coaching, pode entendê-lo
como um “processo motivacional”, já ouvi várias classificações como: “palestra
motivacional”, treinamento motivacional” e até mesmo “terapia de grupo motivacional”,
no entanto o coaching não deve ser confundido com
outros processos,
sendo ainda que o uso do termo “motivacional” deve ser esclarecido e utilizado
de forma cuidadosa. Desta forma estimado leitor, vamos as descrições e
diferenciações:
Coaching X
Treinamento/Palestra
O treinamento,
assim como palestra é uma modalidade de ensino que visa principalmente a
transmissão de conhecimentos para o desenvolvimento de habilidades específicas,
geralmente ocorrendo em grupos no qual aquele que possui determinados
conhecimentos do tema a ser tratado conduz o processo de
aprendizagem. O processo de coaching visa
despertar e acessar o potencial do coachee de forma não diretiva ao longo de um
processo com objetivo posto e acordado entre as partes, que pode ser em
diversas áreas (pessoal, carreira, organizacional entre outras), pode ocorrer
tanto em grupos como individualmente com foco em resultados.
Motivacional
O conceito de
motivação tem uma longa trajetória de pesquisas e definições diversas, para
efeito desta postagem consideremos a definição de Vernon (1973, p.11) apud Todorov
e Moreira (2005, p.120) segundo o qual “A motivação é encarada como uma espécie
de força interna que emerge, regula e sustenta todas as nossas ações mais
importantes. Contudo, é evidente que motivação é uma experiência interna que
não pode ser estudada diretamente”.
No coaching
objetiva-se a realização do coachee por meio de seu potencial, o processo
envolve autoconhecimento e a utilização dos motivadores de cada indivíduo que
devem ser postos em ação para o sucesso do processo. Como afirmado por Vernon
estes são intrínsecos, no coaching não se motiva o coachee, busca-se dinamizar
sua percepção para que ele conheça e tenha acesso a estas forças internas, é
evidente que é possível oferecer estímulos externos, mas motivação no sentido
integral só é desperta de forma interna por cada indivíduo, desta forma não
existe uma topografia padrão para motivar grupos ou mesmo pessoas.
Evidenciados os
conceitos acima seria improvável conceber e relacionar treinamento e/ou
palestra ou mesmo outros processos de aprendizagem e o conceito de motivação em
um único processo que possua resultado duradouro e verificável, e ainda
associá-lo de forma tão diretiva ao processo de coaching.
Autora: Taís.G.Santos
Autora: Taís.G.Santos
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